Suicídio ou comunicação disfuncional?

É válido criar um mês pra que possamos repensar nosso olhar a respeito de nós e de todos, cada pessoa que comete suicídio, leva um pouco de cada um junto com sua ação.
É válido criar um mês pra que possamos repensar nosso olhar a respeito de nós e de todos, cada pessoa que comete suicídio, leva um pouco de cada um junto com sua ação. O que devemos pensar é que a COMUNICAÇÃO entre as pessoas está distorcida, disfuncional, não temos tempo para ouvir as pessoas, temos cada vez menos interesse na vida dos outros, na fala deles, na companhia deles.
A tecnologia, as redes sociais substitui ou compete com a presença física dos amigos, dos parentes etc..., hoje ninguém está sozinho, basta ter um celular na mão e estar conectado à internet e pronto, estamos conectados ao mundo e não percebemos que ANULAMOS as pessoas ao nosso redor.
Antes de chegar ao SUICÍDIO, que é a comunicação FATAL, o ato final da vida, a última fala do ator de fato, ele se comunicou, ou pelo menos tentou, de formas mais FUNCIONAIS. Através da fala, da forma que se veste, da "tribo" em que faz parte (turma de colegas e amigos).
Das marcas "permitidas" socialmente como piercing, tatuagens, "bandeiras levantadas", das marcas "não permitidas" como auto-mutilações com estiletes feitas em partes do corpo, visiveis ou não, enfim houve informações suficientes que percebessemos que a comunicação não estava acontecendo de forma saudável (principalmente com nossos Jovens).
Então antes de falamos em SUICÍDIO, AUTO-MUTILAÇÃO, ou coisa parecida, temos que repensar na comunicação funcional que estamos estabelecendo com a gente e com as pessoas, vamos tornar esta comunicação mais saudável, mas ativa, mais funcional, precisamos nos importar com as pessoas, ouvir uns aos outros, ninguém vive isolado por escolha, e sim por falta da opção saudável de comunicação.
O fato é darmos menos importância ao sintoma e buscar a causa que está tornando esta comunicação disfuncional.
Vamos mudar nosso olhar para que a vida tenha sentido e prazer.
Vamos praticar este sentimento o ano todo e não um mês apenas.
A vida merece esta reflexão.
Por Manoel Alberto Borges.
Psicólogo Clínico.
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